quinta-feira, 13 de novembro de 2014



Vou ali. Por estar indo ali, não escrevo mais - por isso, o outro perfil está inativo -, o livro que comecei a escrever parou; não leio ninguém, não correspondo, não cumpro promessas. Não penso em pessoa alguma por mais de cinco minutos, não rezo, não sonho, não estou atrás. Vou ali e eu tenho esperado por isso há muito tempo, sem aguardar, contudo. Nada mais cabe em mim e eu não me caibo em mais nada. Sinto ânsia, vontade de gritar, já me perdi e me encontrei em cada segundo dos dias que passam... Desprezo o passado que tanto amo e só penso neste futuro de pouco tempo. O presente não existe, pois não existo mais dentro dele. Sinto muito, mas eu vou ali, talvez eu nada encontre; talvez, eu volte transbordando ou descubra que ter ido foi besteira: tudo estava a um palmo de distância de mim. Mas eu vou.

Por Suzana Guimarães



Nota: Publicação originalmente feita em 11/11/14, no Facebook, em minha página.

sábado, 8 de novembro de 2014




(arquivo pessoal de SCG)



Vai.
Toma o tempo, será senhora das horas mortas
Caminha.
Deixo-lhe a oferta:
Seguirá na força de um relâmpago
ou no passo de quem caminha?

Seguirei no passo de quem caminha, sorvendo toda a ânsia, pois eu tive toda a vida para poder caminhá-lo.

Suzana Guimarães.